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10 de novembro de 2017

DRÍADES - RELATO DE CLARIVIDÊNCIA




As contrapartes psico-mentais das matas são amiúde repletas de interesse e beleza. As forças vitais do reino vegetal e outras emanações das árvores, principalmente das maiores, saturam a atmosfera de radiações delicadas, no meio das quais os espíritos da natureza das árvores brincam, e os anjos vivem e se movem. Estes últimos às vezes dão mais impressão de uma consciência em estado sonolento e de serem eles próprios expressões da vida das árvores, unidos ao espírito que anima toda a vegetação. Eles imergem e emergem das árvores, e se deslizam pela floresta, qual altas e tímidas donzelas, esbeltas, graciosas, ataviadas de diáfanos vestuários de muitas tonalidades do verde. Uma descrição poderá servir de ilustração.

As fadas das árvores e os espíritos superiores da natureza que habitam a floresta de Kendal, em Westmorland, são realmente lindos. Movem-se por entre as árvores com graça e suavidade, em silêncio. Um deles, que penso nos ter observado e não parecia estar atemorizado, vagarosamente levantou seu vestuário tênue e luminoso, pelo que se podia ver fracamente a sua forma rosada. O "cabelo" é comprido, e pontos luminosos tremulam em forma de grinalda ao redor de sua cabeça. Tão belo é o seu aspecto que, não fosse a completa ausência de autoconsciência e a absoluta candura demonstrada na expressão de seu rosto e olhos, eu pensaria que estava fazendo poses. À volta toda havia outras igualmente belas, cada uma diferindo muitíssimo pouco de suas companheiras, e muitas delas bem menos conscientes do exterior. Outra, cujas costas estavam voltadas para mim, possui um lindo "cabelo" comprido e escuro, que caía bem abaixo da cintura. Um delgado braço branco está estendido à sua frente, um pouquinho para o lado, enquanto se desliza lentamente pela floresta. Muitas vezes elas dão a impressão de serem mais espíritos da natureza com identidades separadas do que almas de árvores; por assim dizer,  expressões de espírito da natureza da vida evolucionante da árvore. Pois eles se fundem com as árvores maiores, desaparecem da vista por algum tempo, e mais tarde reaparecem e se movem pela floresta.

As comparações podem trazer confusão, mas quando observamos os espíritos da natureza e os anjos que habitam as florestas, alguns nos dão a impressão de peixes surgindo das profundidades do oceano, para nítida focalização durante alguns momentos, e depois retrocedendo, os perdemos de vista, imersos de novo em seus elementos aquáticos. Os anjos de árvores mais velhas e maiores demonstram clareza humana de visão e poder mentais. Seu olhar pode ser agudo e penetrante, quando prestam atenção em alguém que penetra o seu reino, e pode ver e comunicar-se com eles. Não obstante, em seu caso também se tem a impressão de uma completa identificação de sua vida e consciência com a das árvores que animam e cuja evolução auxiliam.


-Relato clarividente por Geoffrey Hodson.

Dríades também são conhecidas como Ninfas das árvores, e quando uma pessoa planta uma árvore, ganha para sempre a amizade da dríade que nasce junto com ela.

A Dríade ou dríada, na mitologia grega, é uma ninfa associada aos carvalhos. De acordo com uma antiga lenda, cada dríade nasce junto com uma determinada árvore, da qual ela exala.






Fonte: Livro O Reino dos Deuses – Geoffrey Hodson. EDITORA PENSAMENTO - São Paulo.


Título do original inglês: The Kingdom of the Gods - Theosophical Publishing House, Adyar, Madras 6000 20, Índia.


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